«Se Braga tem tido uma forte capacidade de atracção, tem que aproveitar agora essa capacidade para se projectar como centralidade de referência a nível nacional e internacional», afirma o Presidente da Assembleia Municipal de Braga.
António Braga falava esta sexta-feira (27) em Nogueira perante militantes socialistas, na qualidade de candidato à presidência da Comissão Política Concelhia do Partido Socialista, sufrágio a que se submete com a intenção primeira de ser candidato à Presidência da Câmara Municipal de Braga.
O actual deputado falava das propostas que enforma o seu projecto para a liderança do partido e, posteriormente, para a gestão do Município, devotando particular atenção às questões do emprego, tendo em conta o mau momento que o país e a Europa atravessam e os seus óbvios reflexos a nível local.
«O que era infraestruturação básica está concluído; esse é também o legado do eng. Mesquita Machado, de que nos orgulhamos; agora devemos voltar-nos para outras áreas que privilegiem a qualidade de vida; claro, sem descurar as urgentes respostas aos problemas sociais que nos estão a afectar sobremaneira; e o desemprego, particularmente o dos jovens qualificados, é deveras preocupante», disse.
Através da concertação entre parceiros sociais, António Braga disse ser sua intenção direccionar os interesses municipais para a promoção do emprego, seja através de parcerias em investimentos que reforcem o mercado de trabalho, seja no reforço da atractividade a exercer junto de investidores externos, que poderão obter do Município condições muito especiais que só a cidade de Braga lhes pode proporcionar.
Foi neste contexto que, após relevar o papel das universidades e do seu contributo para o empreendedorismo local, António Braga destacou áreas onde o Município de Braga pode ser «um importante parceiro de investimentos», como é o caso do “software” associado às novas tecnologias da informação ou o turismo urbano, particularmente o turismo religioso.
«Neste âmbito, nada nos pode manter atrás de cidades como Santiago de Compostela ou Lourdes; o turismo religioso é dos melhores produtos que temos para vender, mormente junto dum mercado em que impera a matriz judaico-cristã», disse, acrescentando igualmente a Cultura, que, além dos intrínsecos ganhos para a população local, pode ser usada como reforço da atractividade de Braga neste noroeste peninsular.
Depois de explicar à cerca de meia centena de militantes e simpatizantes presentes na sala de Nogueira as razões da sua candidatura à liderança do PS/Braga, desde logo porque a tal foi instado e porque se considera a pessoa «dentro do partido melhor preparada para ganhar a presidência da Câmara Municipal após a saída de Mesquita Machado, António Braga considerou «urgente que o partido defina o seu candidato à presidência do Executivo municipal, até porque o candidato da direita já foi novamente anunciado e já se encontra em campanha há 10 anos».
Neste contexto, defendeu a participação activa dos militantes neste processo eleitoral, o que resultará sempre num reforço da identidade do partido no seio da sociedade local, adiantando ser seu desejo debater o máximo de vezes, sob qualquer modelo, com os líderes da outra candidatura já conhecida, «de forma a que todos conheçam as nossas ideias e os nossos propósitos, que todos avaliem em consciência quem está à altura, quem está melhor preparado para, quem tem maior capacidade para derrotar nas urnas o adversário da direita»: «por mim, estou disposto a sujeitar-me ao escrutínio dos militantes todos os dias, se necessário for; gostaria de poder debater com os outros candidatos junto de todos os militantes do PS/Braga; assim, todos poderíamos dizer que há verdadeira militância, que há cidadania prática no interior do nosso partido; espero bem que os meus camaradas neste sufrágio interno pensem como eu neste âmbito e aceitem sentar-se à mesa comigo junto dos militantes», concluiu.
Sem comentários:
Enviar um comentário