Os tempos parecem não
correr de feição para aqueles que se propõe assumir e comandar projectos de
liderança municipal. Na verdade, os momentos deixam transparecer dificuldades
tormentosas para o poder local, nomeadamente os apertos sociais e financeiros
que lhe são centralmente assacados com a imposição da austeridade.
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O poder local vai entrar
num período de renovação sem precedentes.
A obrigatoriedade de substituição de muitos
autarcas, face à lei de limitação de mandatos, trará consigo uma nova leva de
cidadãos que, ao pretenderem assumir projectos municipais, terão de enfrentar novos,
diferentes e difíceis desafios, para os quais seria bem que tivessem uma visão
mais distanciada e menos comprometida com executivos vigentes. Estamos perante novas
realidades de ruptura ou de reformulação de competências e não totalmente de
continuidade.
Face à renovação
legalmente exigida, torna-se natural que as candidaturas aos diferentes municípios
se coloquem no terreno atempadamente. Desta feita, não há obra “circunstancial”
para mostrar, mas ideias para debater, projectos a confrontar e pessoas e
competências para aferir. Naturalmente, que para este trabalho de divulgação, promoção
e contacto com as populações e com as diferentes instituições de relevo local
qualquer candidatura carece de tempo. Neste contexto parece-me que a candidatura
do Dr. António Braga esteve assisada.
A crise que nos assola é
um choque que pode tornar-se numa grande oportunidade para a afirmação dos Municípios.
O conhecimento mais esclarecido da realidade social e económica e a gestão de
proximidade, a que acresce um relacionamento humano mais vivo podem fazer
destes agentes promotores de iniciativas locais que permitam fazer frente à
degradação social e ao nivelamento por baixo da sociedade.
Aliás, é neste aspecto
que me parece ser interessante as ideias que António Braga vem trazendo a
público: um desejo de fazer de Braga um centro socio-económico relevante, com
envolvimento dos centros de competência instalados e das forças vivas e
institucionais; criação de redes de relacionamento internacional com vista ao
fomento do turismo e à captação de investimento estrangeiro.
Braga é já uma cidade com
um grau de cosmopolitismo bastante interessante. Não é indiferente a isto a
instalação do Instituto Internacional de Nanotecnologias, o sucesso da
Universidade do Minho e alguns eventos de cariz religioso.
No entanto, muito mais se
poderá fazer neste âmbito pela terceira cidade do país. Julgo que neste último
ponto está uma grande vantagem para a cidade (Município) de Braga poder contar com
o Dr. António Braga. Para além de ter estado próximo dos problemas, o que
permite conhecer bem a realidade municipal, esteve de algum modo distanciado deles
executivamente.
Complementarmente, desempenhou
funções duradouras e relevantes, nacionais e supra nacionais (internacionalmente)
que lhe permitiram contacto com diferentes realidades sócio económicas que
podem ser referência para a nossa cidade.
Dito de um outro modo mais
simples, mas que penso mais marcante: para um município do mundo, um homem com
mundo!
(*) Swindon, Reino Unido.
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