domingo, 27 de novembro de 2011

«SIM, SEREMOS CANDIDATOS
À COMISSÃO POLÍTICA CONCELHIA»
-- anuncia António Braga
em "Conversa com os Militantes"

António Braga, deputado à Assembleia da República e Presidente da Assembleia Municipal de Braga, anunciou publicamente esta sexta-feira (25 de Novembro) a sua candidatura à presidência da Comissão Política Concelhia de Braga do Partido Socialista.
Falando aos militantes da secção bracarense, o anunciado candidato tornou assim público uma decisão que se vinha anunciando, por força do contacto e do trabalho que vem desenvolvendo, particularmente nos últimos tempos, junto dos militantes socialistas bracarenses.
António Braga, que reuniu na sede concelhia do partido cerca de centena e meia de militantes, respondeu desta forma a uma pergunta colocada pela assistência: «sim, a intenção de nos candidatarmos à presidência da Câmara Municipal de Braga nas Autárquicas de 2013 assentará sempre na vontade expressa dos militantes; como instrumento para ratificar esta nossa presdisposição seremos candidatos à liderança da Comissão Política Concelhia do PS/Braga».
O ex-secretário de Estado das Comunidades é, assim, o único nome publicamente anunciado como candidato à sucessão de Mesquita Machado, alguém a quem Braga sempre atribui «um papel determinante no crescimento e modernização do concelho», que «o catapultou como uma das mais importantes metrópoles do país».
Esta reunião na sede concelhia havia sido convocada, contudo, para a apresentação dos princípios fundamentais de um “Manifesto ao PS Concelhio”, enquadrados na expressão “Aprofundar o desenvolvimento do concelho, Fazer crescer o legado”.
Na mesa desta «conversa com os militantes», António Braga fazia-se acompanhar pelos primeiros signatários de uma carta pública que pretendeu impulsionar a sua predisposição para uma candidatura à Câmara Municipal de Braga: Sousa Fernandes, Agostinho Domingues e Catarina Ribeiro.

Sete princípios capitais

No documento então apresentado em síntese pelo «veterano militante» António Sousa Fernandes, enunciam-se sete princípios que «corporizam o compromisso da candidatura António Braga 2013 para o PS/Braga e para as próximas eleições autárquicas».
O primeiro anuncia-se como o «reforço da democracia interna do partido como condição para maior e melhor comunicação da sua mensagem, para que se torne um espaço de intervenção e participação de todos os militantes e simpatizantes».
Entre os vários exemplos para a concretização desta proposta aponta-se a criação de «centros de intervenção temáticos permanentes que se constituam como um “think thank” mobilizador»: «criaremos um verdadeiro forum de “cidadania activa”, que atrairá militantes,simpatizantes e votantes do PS à discussão dos assuntos de interesse local, nacional ou europeu».
O segundo princípio, igualmente voltado para o interior do PS, tem por base «a afirmação do partido como instituição autónoma em relação aos órgãos públicos»: «neste domínio, há que proceder a uma reflexão sobre a forma de articulação; se cabe ao partido o envolvimento dos seus quase quatro milhares de militantes em Braga, ao Município compete corresponder aos anseios dos seus cerca de 200 mil cidadãos».
«Aprofundar a relação dos munícipes com a qualificação associada a um poder local democrático, moderno ecapaz» assume-se como o terceiro pilar desta candidatura, a que se associa a vontade de construir «uma cidade de mulheres e de homens que usufruam mais do território em solidariedade social».
«Preconizamos ouvir com regularidade os cidadãos e as suas ideias para a cidade e para o concelho, no quadro de uma gestão municipal responsável; assim renovaremos a aposta no capital humano do concelho, dos mais aos menos jovens, integrando todos no esforço de construção de uma nova Cidade», anuncia-se.
O manifesto – que nesta reunião mereceu ainda vários contributos dos militantes presentes e que continua aberto à colaboração de todos quantos queiram participar neste processo, o que podem fazer enviando as suas sugestões para bragabraga2013@gmail.com – remete o seu quarto princípio para a importância de Braga se confirmar como lugar de uma nova centralidade, assente no dinamismo das suas gentes e na interligação entre o conhecimento, a cultura e o empreendedorismo: «o Município tem de saber unir e articular as forças mais criativas da região, sem descurar o apoio aos sectores tradicionais do comércio, indústria e turismo; a marca Braga tem de se afirmar pela diferenciação cultural e pela aposta no conhecimento».
António Braga e aqueles que o apoiam neste projecto consideram que «um concelho reconhecido pela sua riqueza em capital humano é capaz de fixar sectores económicos geradores de emprego qualificado, assente em sectores de ponta e em tecnologias limpas».

«A nova Cidade ou é Cultura ou não é Cidade»

O quinto princípio enfatiza o papel inovador dos jovens na construção da marca Braga e procura espelhar a compreensão da concepção problemática vivida pelos jovens nos dias de hoje. «A complexidade da crise económica e social que atravessa a Europa só poderá ser ultrapassada com a participação activa e criadora de todos, sendo, contudo, decisiva a participação dos mais jovens, dada a sua reconhecida qualificação, energia e possibilidade de ruptura face ao que está estabelecido», lê-se no documento.
A Cultura é eleita como o sexto princípio desta acção estratégica, designadamente como “cluster” de dinamização da comunidade e do empreendedorismo. «Consideramos que o desenvolvimento sem cultura é apenas crescimento; daí uma política de desenvolvimento deva ser também uma política cultural, com agenda e meios próprios; a nova Cidade ou é Cultura ou não é Cidade», sustenta-se, sublinhando a «articulação do empreendedorismo e da Cultura com a Economia».
Por último, o sétimo pilar remete para a coesão social: «a tradição humanista e de esquerda democrática do PS exige a participação de todos os cidadãos na vida da Cidade, a qual só será possível se houver preocupação social relativamente aos mais desfavorecidos».
A coesão social – lembra-se –assume nos dias de hoje uma importância incontornável, dados os efeitos perniciosos da crise na vida de muitos e muitos cidadãos; «querer uma sociedade desenvolvida é defender uma sociedade mais solidária, mais fraterna e mais igualitária».