terça-feira, 31 de janeiro de 2012

ANTÓNIO BRAGA VOLTA A CONVIDAR
PARA DEBATES COM MILITANTES

Aqui se publica, para conhecimento público, a carta enviada pelo Dr. António Braga esta segunda-feira (30 Jan) ao Sr. Vítor Sousa, anunciado líder de uma candidatura à Comissão Política Concelhia do PS/Braga.
Enquanto primeiro candidato à presidência do PS/Braga, e apesar de não ter obtido resposta à anterior proposta, António Braga diz ter aceite como boa a decisão de Vitor Sousa publicitada na Imprensa e sugerir então a co-organização do máximo número de debates com os militantes socialistas de Braga sobre os projectos que ambos defendem, tanto para a organização do partido, como para a gestão do Município de Braga.
«Convicto de que o Sr. Vítor Sousa cumprirá a sua palavra e aceitará a nossa sugestão para a organização dos debates considerados oportunos, esperamos, contudo, uma resposta formal», adianta António Braga, que resolveu tornar pública esta missiva para dar conta do seu «esforço em prol da cidadania activa e da militância efectiva».

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Ex.mo Sr. Vitor Sousa

(c/c Arq. Hugo Pires)

Assunto: agendamento de debates no PS/Braga

A eleição para os órgãos da Secção de Braga do Partido Socialista, a acontecer em breve, vai decorrer num contexto invulgar na história desta estrutura: a ausência de uma candidatura do nosso camarada Mesquita Machado.
De igual forma, vai competir à próxima Comissão Política Concelhia a escolha do candidato que o PS/Braga vai apresentar às eleições autárquicas de 2013, sendo certo que ele não será aquele que nos representou em todas as eleições municipais desde 1976.
Acresce ainda o facto de as Autárquicas 2013 poderem vir a decorrer sob nova nova ordem legislativa, decorrente da proposta que o Governo tem em discussão com o Documento Verde da Reforma da Administração Local.
Estas são circunstâncias que nos obrigam a um diálogo muito intenso junto dos militantes e dos simpatizantes do PS/Braga, com a democrática intenção de os elucidar sobre todo o processo eleitoral e, obviamente, sobre o trabalhoso caminho que, juntos, temos que percorrer para manter o Município de Braga sob gestão do Partido Socialista.
Como é público, lidero a primeira candidatura assumida à presidência da Comissão Política Concelhia, um projecto em que pugno por uma cidadania activa, no caso uma militância activa, que mantenha o partido vivo, interventivo e, claro, sempre capaz de formular propostas para a boa governação do Município.
Sem evitar o reparo ao modelo de escolha do nosso actual secretário-geral ou a modelos de escolha democrática tidos como mais evoluídos, seja o clássico americano ou a recente experiência do PS francês para a Presidência da República, temos para nós que os objectivos do nosso partido a nível local resultam sempre muito mais claros – logo mais facilmente compreensíveis e acolhidos – quando vão sendo debatidos junto da sociedade civil onde assenta a nossa base eleitoral.
Foi com a vontade de envolver todos os militantes e simpatizantes do PS/Braga neste processo eleitoral, até para que a proposta que dele resulte vencedora seja efectivamente reflexo de uma escolha pensada e ilustrada, que tomámos a iniciativa de vos propor a co-organização dos debates que viessem a ser necessários.
Embora a vossa candidatura não se tenha sequer dignado remeter-nos até este momento uma resposta, a bem do interesse particular dos militantes socialistas de Braga assumimos por boa a mensagem que nos foi transmitida pela comunicação social: a da vossa disponibilidade para participar em debates, embora apenas para militantes e sem comunicação social.
Neste sentido, porque nos interessa particularmente a máxima elucidação de todos os interessados sobre o que cada um de nós lhes propõe, seja para a organização da Secção do PS/Braga, seja sobre as ideias que temos para a gestão do Município, vimos sugerir o agendamento de algumas conversas conjuntas com os militantes
Pela relevância do exposto, eembora não tenha sido fixada a data do acto eleitoral, consideramos por bem propor desde já as datas de 18 de Fevereiro e de 3 de Março como recomendáveis para a realização dos primeiros debates entre as duas candidaturas conhecidas.
Mais sugerimos que, tendo em  conta a relevância deste acto eleitoral e as implicações que tem para a escolha do próximo Presidente da Câmara Municipal de Braga, o que gera singulares expectativas junto dos militantes, tais debates aconteçam num espaço condigno e de lotação mínima para a expectável audiência, como é o caso do auditório daAssociação Industrial do Minho, à Avenida Pires Gonçalves.
Na convicção do cumprimento da vossa palavra, pela imprensa tornada pública e não desmentida, e na expectativade uma resposta rápida, apenas se solicita mais a indicação de três representantes da vossa candidatura que, mediante encontro, possam operacionalizar a logística destas conversas e, quiçá, planear muitas outras, até que ambas as partes estejam convencidas de que todos os militante interessados tiveram oportunidade de conhecer o que temos para lhes propor.

Saudações socialistas.

Braga, 31 de Janeiro de 2012

Nota: sugere-se como contacto recomendável o endereço electrónico bragabraga2013@gmail.com.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

CONVITE À RECICLAGEM NO PS/BRAGA...

Por Manuel José Gomes de Sousa Braga

«Dirijo hoje a minha chamada de atenção para a campanha interna a decorrer para a Comissão Política Concelhia do PS/Braga e confesso não parar de ser surpreendido, talvez pelo facto de, em cerca de 10 anos, o partido ter sido fechado a sete chaves e, de um momento para outro, os mesmos arautos do silêncio estarem a apregoar e a praticar actos públicos de uma tal transparência que chega a ofuscar a vista dos mais incrédulos.
Este factos levam-me a perguntar, seguindo a velha máxima de um célebre jornalista, Batista Bastos, que num também célebre programa televisivo tinha por hábito perguntar aos seus convidados o seguinte: "Onde é que estava no dia 25 de Abril?".
Bom, antes de mais e para que não restem dúvidas, estou a referir-me à candidatura de Vítor Sousa e Hugo Pires, responsáveis também pelo marasmo democrático do PS/Braga nestes últimos tempos.
Esta candidatura tem, ultimamente, movido todos os esforços democráticos e não democráticos para cativar aqueles que julga indecisos e aqueles a quem entende ser justo cobrar o facto de lhes ter dado emprego directo ou de ter movido as influências do costume para o emprego indirecto. 
E isto é um facto, pois quem vejo nas iniciativas públicas da sua campanha são sempre os mesmos, alguns profissionais da causa, a quem reconheço algum mérito, e bastantes profissionais da causa a quem não reconheço mérito nenhum.
Conheço bem a Candidatura alternativa a esta a que me referi e posso assegurar que os instalados profissionalmente com mérito nada têm a temer. O mesmo não poderá acontecer aos que estão profissionalmente a usufruir dos vícios e práticas bem conhecidas, mesmo que em nome da democracia.
O Partido Socialista em Braga vai mudar. Isso será um facto irrefutável e todos podem participar na mudança, que se quer tranquila. No entanto, o tempo urge para aqueles que têm necessidade de reciclar os seus conhecimentos e conceitos sobre democracia e seria bom aproveitarem um curso rápido e intensivo que as "novas oportunidades" podem proporcionar, pois julgo estar na hora de deixarem de utilizar relógios que utilizam ponteiros que se movimentam ao contrário do sentido da história.
O PS/Braga vai mudar e todos lá devem caber, de direito, mesmo aqueles que, no presente, se conformam com ter a sua sede concelhia com as persianas permanentemente fechadas.

(*) Militante socialista.
[Este texto de opinião pessoal foi publicado na edição de 31 de Janeiro de 2012 do Diário do Minho].

António Braga, em conversa com militantes do PS
«BRAGA TEM QUE SE PROJECTAR
COMO CENTRALIDADE DE REFERÊNCIA»

«Se Braga tem tido uma forte capacidade de atracção, tem que aproveitar agora essa capacidade para se projectar como centralidade de referência a nível nacional e internacional», afirma o Presidente da Assembleia Municipal de Braga.
António Braga falava esta sexta-feira (27) em Nogueira perante militantes socialistas, na qualidade de candidato à presidência da Comissão Política Concelhia do Partido Socialista, sufrágio a que se submete com a intenção primeira de ser candidato à Presidência da Câmara Municipal de Braga.

O actual deputado falava das propostas que enforma o seu projecto para a liderança do partido e, posteriormente, para a gestão do Município, devotando particular atenção às questões do emprego, tendo em conta o mau momento que o país e a Europa atravessam e os seus óbvios reflexos a nível local.

«O que era infraestruturação básica está concluído; esse é também o legado do eng. Mesquita Machado, de que nos orgulhamos; agora devemos voltar-nos para outras áreas que privilegiem a qualidade de vida; claro, sem descurar as urgentes respostas aos problemas sociais que nos estão a afectar sobremaneira; e o desemprego, particularmente o dos jovens qualificados, é deveras preocupante», disse.

Através da concertação entre parceiros sociais, António Braga disse ser sua intenção direccionar os interesses municipais para a promoção do emprego, seja através de parcerias em investimentos que reforcem o mercado de trabalho, seja no reforço da atractividade a exercer junto de investidores externos, que poderão obter do Município condições muito especiais que só a cidade de Braga lhes pode proporcionar.

Foi neste contexto que, após relevar o papel das universidades e do seu contributo para o empreendedorismo local, António Braga destacou áreas onde o Município de Braga pode ser «um importante parceiro de investimentos», como é o caso do “software” associado às novas tecnologias da informação ou o turismo urbano, particularmente o turismo religioso.

«Neste âmbito, nada nos pode manter atrás de cidades como Santiago de Compostela ou Lourdes; o turismo religioso é dos melhores produtos que temos para vender, mormente junto dum mercado em que impera a matriz judaico-cristã», disse, acrescentando igualmente a Cultura, que, além dos intrínsecos ganhos para a população local, pode ser usada como reforço da atractividade de Braga neste noroeste peninsular.

Depois de explicar à cerca de meia centena de militantes e simpatizantes presentes na sala de Nogueira as razões da sua candidatura à liderança do PS/Braga, desde logo porque a tal foi instado e porque se considera a pessoa «dentro do partido melhor preparada para ganhar a presidência da Câmara Municipal após a saída de Mesquita Machado, António Braga considerou «urgente que o partido defina o seu candidato à presidência do Executivo municipal, até porque o candidato da direita já foi novamente anunciado e já se encontra em campanha há 10 anos».

Neste contexto, defendeu a participação activa dos militantes neste processo eleitoral, o que resultará sempre num reforço da identidade do partido no seio da sociedade local, adiantando ser seu desejo debater o máximo de vezes, sob qualquer modelo, com os líderes da outra candidatura já conhecida, «de forma a que todos conheçam as nossas ideias e os nossos propósitos, que todos avaliem em consciência quem está à altura, quem está melhor preparado para, quem tem maior capacidade para derrotar nas urnas o adversário da direita»: «por mim, estou disposto a sujeitar-me ao escrutínio dos militantes todos os dias, se necessário for; gostaria de poder debater com os outros candidatos junto de todos os militantes do PS/Braga; assim, todos poderíamos dizer que há verdadeira militância, que há cidadania prática no interior do nosso partido; espero bem que os meus camaradas neste sufrágio interno pensem como eu neste âmbito e aceitem sentar-se à mesa comigo junto dos militantes», concluiu.

domingo, 29 de janeiro de 2012

AINDA TUDO POR DIZER...

(...)
«-- Se você ganhar e existirem várias sensibilidades no PS, admite apoiar um independente?
Vítor Sousa -- Não, eu não sou muito favorável às candidaturas independentes. Considero que isso é desvalorizar os quadros do PS e os que nele militam, mas admito perfeitamente que pessoas independentes possam participar na lista.

-- E com maioria clara, admite que o candidato seja Hugo Pires?
VS -- O Hugo Pires é um camarada que eu prezo, que está a fazer um percurso interessante e com um desempenho de valor a nível autárquico. Entendo que neste percurso tem que adquirir um conjunto de experiências, tal como eu fiz. Penso que este percurso tem que ter o seu tempo».
(...)

[Diário do Minho, 30.01.12]

«EU SEREI O CANDIDATO DO PS»
-- PRENUNCIA O SECRETÁRIO-COORDENADOR

«(...) [Em entrevista publicada no Diário do Minho], Vítor Sousa considera que Hugo Pires ainda tem que ganhar experiência para poder ser candidato, descarta a hipótese de apoiar um independente para liderar a lista do PS, e considera que se António Braga perder a corrida à Concelhia “rosa” é uma “carta fora do baralho” autárquico».

[Diário do Minho, 30.01.12]

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

É TEMPO DE O PS/BRAGA ESCOLHER
O CANDIDATO A PRESIDENTE DA CÂMARA»

Por Jorge Vitorino (*)

Aos partidos políticos, que são, também, teoricamente, expressões organizadas das correntes de opinião existentes numa sociedade, cabe-lhes, entre outras coisas, escolher, através do voto secreto dos seus militantes, os candidatos externos que possam melhor cumprir os seus programas e mobilizar para esse exercício os demais concidadãos.  
Acontece que os partidos se tornaram, com o tempo, em estruturas fechadas aos próprios cidadãos, funcionando segundo lógicas particulares e outros interesses que neles predominam, olhando com crescente desconfiança para tudo o que lhes é exterior. As cíclicas ocasiões em que se mostram mais abertos aos seus próprios militantes e simpatizantes são em períodos eleitorais…
Como não concebemos, ainda, a democracia sem partidos, a maioria dos militantes acaba por se sentir profundamente frustrada e mesmo condicionada na sua participação cívica pelos partidos que os representam. Este facto acaba por contribuir para o afastamento dos cidadãos da política.
Mas 2012 é ano de eleições para a Comissão Política Concelhia doPS/Braga. E é o ano de todas as decisões: não apenas para a vida interna, como, em consequência, para as propostas a apresentar aos munícipes para o ciclo autárquico que se avizinha.
Duas candidaturas se perfilam para assumir os destinos do partido em Braga. Ou melhor, uma, a do Dr. António Braga, que, sendo candidato à Comissão Política, o anuncia para ser o candidato à Câmara Municipal; e outra, a duas mãos, em candidatura bicéfala, da dupla Sr. Vítor Sousa/Arq. Hugo Pires, anunciando-se apenas candidatos à Comissão Política.
Correm rumores, contudo, que Pires apoiará Sousa também a uma eventual e prometida candidatura à Câmara Municipal…
Rumores à parte, a vida pública e política é feita da liberdade e da informação, que nos faz chegar a escolhas claras. Esta espécie de jogo escondido com o rabo de fora, não é própria da democracia, nem das organizações democráticas. Não há nenhuma razão para que os enunciados não sejam assumidos. Afinal, que candidato se propõem apresentar aos militantes para que estes possam escolher? Porque, desta vez, como nunca o havia sido antes, está em jogo essa escolha…

O candidato da coligação de direita já está no terreno. Não são apenas os 10 anos que leva no terreno que podem constituir preocupação. É também a importância do projecto para um novo ciclo e do seu principal protagonista. Braga possui hoje massa crítica a que é necessário corresponder na exigência e na preparação, que possam acrescentar credibilidade.
O legado que resulta da governação do PS, para além de ser enorme, é riquíssimo. Mas esta excelente herança pode ser um fardo demasiado pesado para alguns, dependendo de quem vier a liderar a candidatura. É preciso estar àaltura deste imenso património político.
Ora, o trajecto político do Dr. António Braga dá-nos a garantia, aos militantes do PS e aos eleitores bracarenses, de poder enfrentar com sucesso os desafios colocados ao desenvolvimento do concelho. Garante,igualmente, aos eleitores e simpatizantes socialistas as melhores condições para mais uma vitória clara sobre o candidato da coligação de direita.
O Dr. António Braga tem, igualmente, dentro do Partido Socialista um património de que todos também nos podemos orgulhar. Já foi Coordenador Concelhio do PS, Vereador da Cultura na CMB, é deputado na Assembleia da República, como vice-presidente do grupo parlamentar… É membro da Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa, vai no segundo mandato como presidente da Assembleia Municipal de Braga e foi Secretário de Estado do Governo Socialista.
Levo mais de 28 anos de militância e não quero ficar indiferente à minha responsabilidade. O Dr. António Braga é o candidato em que revejo, não apenas como o natural sucessor do Eng. Mesquita Machado, mas dos valores de referência que alicerçam a história do PS.
É, aliás, considerado por todos aquele que de entre nós está melhor preparado e mais habilitado para liderar, não apenas a candidatura vencedora, mas igualmente interpretar e concretizar um programa político que responda às ambições que o presente permite e alimenta.
O valor da livre discussão dentro e fora dos muros partidários corresponde à própria essência da vida democrática e deve ser replicado, justamente na medida em que cada eleitor, militante partidário ou não, possa conhecer melhor as opções que tem diante de si e por isso escolher em total liberdade, dando expressão exclusiva à sua vontade.
O ser “crítico” na vida interna, o tornar transparente a discussão, é ser construtor de ambição e mobilizador para projectos. Sujeitar-se à crítica e ao contraditório, abrindo o jogo, pode ser visto como um aborrecimento para alguns, quiçá preferissem resolver isso num qualquer acordo de bastidores ou com uma conversa durante um almoço, mas nunca altera a vontade individual dos que têm que escolher.
Ser determinado perante a discussão, mas aberto às ideias, e ser consequente nas escolhas, ainda que possa parecer constituirem baraço para outros, só confirma a vontade de contribuir e escolher. Há um dever de fazer a melhor escolha face a cada momento, pesando bem as consequências do que possa vir a ser essa escolha que o voto secreto permite.
Por isso, escolher o Dr. António Braga para a Concelhia do PS é garantir uma candidatura vencedora à Câmara Municipal de Braga, com tudo o que isso significa para o desenvolvimento do concelho. Estou seguro que nenhum militante deixará de reflectir sobre isto diante da sua própria consciência ao exprimir a sua escolha em voto secreto. E, sendo assim, como lembrava o filósofo Epicteto, «nada vence a vontade».

(*)Militante do PS/Braga.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

António Braga, em carta aos militantes
«ESCOLHER ESTA CANDIDATURA
É ESCOLHER O CANDIDATO
A PRESIDENTE DA CÂMARA DE BRAGA»

«Do nosso lado, porque consideramos ser esta a estratégia certa para derrotar o candidato da “coligação de direita”, assumimos já perante os militantes do PS/Braga que somos candidatos à presidência da Concelhia para podermos ser candidatos à Câmara Municipal. Mas… e do outro lado, da outra candidatura, o que sabemos nós sobre este importante factor de escolha? Como vamos entender uma liderança a dois na corrida à Comissão Política? Quem será, afinal, o seu candidato a Presidente da Câmara Municipal de Braga?».
É desta forma que António Braga, candidato à Comissão Política Concelhia do PS/Braga, se dirige aos militantes socialistas desta Secção, em carta que agora lhes dirige.
Intensificando o seu contacto directo com os militantes, o actual Presidente da Assembleia Municipal de Braga radicaliza também a sua mensagem, no sentido de lhes tornar evidente «o que verdadeiramente está em causa» no próximo acto eleitoral interno.
Depois de lembrar o facto de, pela primeira vez, o PS/Braga não poder candidatar Mesquita Machado à presidência da Câmara Municipal e de a «coligação de direita» já ter feito a sua escolha a favor de «um candidato em campanha há pelo menos dez anos», António Braga sublinha que «nada fazer ou hesitar pode significar a entrega, sem luta», do Município à actual Oposição, «correndo o risco, bem sério, de ver o PS passar à oposição por muitos e longos anos…».
«Após insistentes apelos de muitos camaradas, decidi informar da minha disponibilidade para enfrentar o candidato da “direita” nas eleições de 2013, por considerarmos ser essa a melhor solução para o Partido Socialista ganhar novamente a Câmara Municipal; a verdade é que me disponibilizei sem esconder nenhum trunfo ou desígnio, antes motivado para servir Braga e os Bracarenses», lembra.
Contudo – diz o ex-secretário de Estado – a sua vontade depende da escolha dos militantes, a quem compete a escolha do candidato socialista a Presidente da Câmara Municipal de Braga, o que faz com que as eleições para a liderança da Secção do PS/Braga assumam «uma importância decisiva».
É então que António Braga chama à colação «uma grande diferença» entre a sua candidatura e «uma outra já anunciada»: do seu lado sabe-se quem será o candidato a Presidente da Câmara Municipal, do outro lado nem sequer se imagina ainda…
A liderança, mormente na política – diz António Braga --, deve ser assumida com clareza de objectivos e simplicidade no método, isto para dizer que o seu objectivo «é claro»: «voltar a derrotar o candidato da coligação PSD/PP/PPM».
E para tal – reafirma – o método não podia ser mais transparente: sujeito-me à escolha, pelo voto, de todos os meus camaradas», na certeza de que «escolher esta candidatura é escolher o candidato do PS a Presidente da Câmara Municipal de Braga».
O actual presidente do colégio municipal bracarense e primeiro candidato anunciado à liderança da estrutura socialista local lembra ainda nesta carta que a participação de todos os militantes e simpatizantes do PS/Braga é um valor estratégico que pretende desenvolver através do reforço da democracia interna, num quadro plural que acolha as diversas sensibilidades, dando expressão prática aos valores da Liberdade e da Equidade, que são – diz – o legado maior do Partido Socialista.
«É com humildade democrática e grande sentido de responsabilidade que me apresento perante si, sem reservas, consciente de que muito há a fazer para impedir a vitória da actual Oposição municipal», conclui a missiva.

domingo, 22 de janeiro de 2012

ANTÓNIO BRAGA DESAFIA OPOSITORES
PARA DEBATES COM MILITANTES

A Candidatura de António Braga à presidência da Secção do PS/Braga acaba de manifestar a vontade de co-organizar o máximo de debates que possam elucidar os militantes do partido sobre os projectos que cada um dos candidatos já anunciados lhes propõe para a Comissão Política Concelhia.
Em carta agora enviada ao militante Vítor Sousa – que, em parceria com Hugo Pires, anunciou também a intenção de concorrer à estrutura socialista concelhia –, António Braga sublinha que «o debate sereno entre as candidaturas contribuirá, por certo, para um maior esclarecimento de todos os camaradas sobre o que está em causa no acto eleitoral que se aproxima».

O modo, a forma, o lugar e a calendarização dos debates – diz António Braga – pode e deve ser objecto de concertação entre as partes, sendo decisivo, contudo, que o princípio seja aceite por ambas as candidaturas.
Dizendo ser esta uma forma de proporcionar «um debate que se quer aberto, transparente e cordial», a Candidatura de António Braga manifesta a sua «total disponibilidade para participar nos debates que vierem a ser estabelecidos».
O desafio que ora lança à candidatura opositora decorre do trabalho que o actual Presidente da Assembleia Municipal de Braga está a desenvolver junto dos cerca de quatro mil militantes do PS/Braga, provavelmente a maior secção concelhia do partido a nível nacional.
Nos encontros que continua a manter, ora em deslocações até junto dos militantes, ora num espaço de apoio para o efeito preparado, António Braga – que enfatiza sempre a sua candidatura à liderança do PS/Braga como um instrumento para a sua candidatura à Presidência da Câmara Municipal de Braga em nome do seu partido – remete sempre para os sete princípios que sustentam o seu projecto, uns particularmente voltados para a estrutura partidária, outros para a gestão do Município.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

PS/BRAGA: O PERIGO...
DE UMA CANDIDATURA BICÉFALA

«Em contraposição à clareza da Candidatura de António Braga -- que já anunciou que era candidato à liderança do partido para se propor aos militantes como candidato à presidência da Câmara Municipal --, apresentam-nos agora uma candidatura bicéfala, que não diz quem é o seu candidato à presidência do Executivo Municipal, nem revela publicamente como se propõe fazer essa escola». A opinião da Fausto Farinha, publicada hoje (17.01.12) no "Diário do Minho".

domingo, 15 de janeiro de 2012

«É URGENTE RENOVAR O PS/BRAGA,
DAR-LHE VIDA DEMOCRÁTICA»
-- a opinião do militante Manuel Braga

«Agradeço aos camaradas Vítor Sousa e Hugo Pires por terem sido, nos últimos dias, a minha bússola política para encontrar o melhor caminho para o PS/Braga do futuro.
Para quem não entende o significado dos meus agradecimentos, passo, contudo, a explicar, realçando os seguintes factos: no dia 17/12/2011, o camarada Vítor Sousa, em entrevista ao “Correio do Minho”, afirmou: 1) Assumi, desde há muito tempo, que sou candidato à Comissão Política Concelhia do PS; 2) Não sou candidato à Câmara de Braga; 3) O candidato à Câmara deve ser formatado pela vontade coletiva do partido.
No dia 6/1/2012, o “Diário do Minho”, através do seu jornalista José Carlos Lima, dedica ao camarada Hugo Pires um título bem elucidativo: «Hugo Pires à sombra de Vítor Sousa no PS», e destaca em sublinhado «Na calha para a Câmara».
No dia 7/1/2011, o “Correio do Minho”, esmerando-se em notícias – não do PS, mas de figuras a promover com alguma pompa e circunstância –, publica o seguinte título «Vítor Sousa e Hugo Pires apresentam candidatura».
Segundo o CM, que cobriu a sessão de apresentação da candidatura à Comissão Concelhia do PS/Braga, Vítor Sousa terá falado sempre no plural, ficando-se a saber que a candidatura será bipartida, o que constitui, desde já, uma novidade no seio do PS/Braga e, julgo mesmo, que a nível nacional.
Segundo este jornal, no decorrer da sessão, o camarada Hugo Pires pronunciou as seguintes palavras: «Gostava de ter aqui o camarada António Braga, mas este não quis fazer parte desta unidade, pois é tempo de pôr de lado os projetos pessoais e lutar pelo interesse coletivo».
Terminada a resenha, impõe-se justificar os meus agradecimentos aos dois citados, tendo em consideração o seguinte: fiz parte da primeira Comissão Concelhia da Juventude Socialista. Imaginem os anos que já passaram e o que na minha já longa vida partidária pude ver, analisar, denunciar, criticar e apontar alguns caminhos… alguns caminhos que, lamentavelmente, nunca foram seguidos, conduzindo o PS/Braga ao marasmo de ideias e do seu confronto.
Recentemente (agosto de 2011), tomei a iniciativa, em nome de alguns camaradas, de contactar por diversas vezes o nosso Secretário-Geral, António José Seguro, para que estivesse atento às movimentações políticas em Braga, pois suspeitávamos que estaria a ser preparada a implantação de uma Monarquia na Secção Concelhia do PS/Braga, apenas e só a terceira cidade do País.
Os contactos foram sendo estabelecidos até que …mais tarde… confrontei o camarada António Braga, que, conhecedor dos contactos
e pressionado, ao mesmo tempo, por um grupo alargado de militantes que comungava das mesmas preocupações, aceitou dar a cara por estas causas e evitar assim a passagem dos cargos diretivos da Concelhia por via da sucessão e, sim, pelo método da escolha democrática.
Lançámos a candidatura de António Braga em Novembro de 2011, de uma forma, essa sim, coletiva e, afirmo mesmo, imposta coletivamente… exemplar, participativa e sem trunfos escondidos na manga, ou seja, de uma forma transparente, sem medos!!!
Afirmo e reafirmo convictamente: a candidatura de Vítor Sousa à Concelhia do PS/Braga nada tem de vontade coletiva, antes de ambição pessoal!
Baseio esta afirmação em factos ocorridos nos bastidores da baixa política, que me escuso de referir por enquanto… E repito: por enquanto.
Por vezes, a direção da batalha tem que ser partilhada quando se avalia a força e disposição tática dos opositores… E eis que surge o camarada Hugo Pires, para compensar a falta de estratégia. O puzzle começa então a fazer sentido. Só não entendi ainda o esquema de distribuição de tarefas entre os dois…
Para marcar posição na tal sessão de lançamento das suas candidaturas, o camarada Hugo Pires entendeu então dirigir aquela frase ao camarada António Braga. Pois, merece da minha parte, a seguinte resposta: vai ter tempo de perceber que o camarada António Braga não poderia estar presente nessa sessão. Por várias razões. Mas desde logo porque António Braga carrega a responsabilidade de representar um legado, este sim, coletivo, onde me incluo. E, se nele me incluo, nunca concordaria que ele aí estivesse presente.
Uma vez aberta a discussão, é conveniente ter presente a urgência de renovar todo o PS/Braga, dar-lhe vida democrática… E isso só pode ser feito por homens e mulheres livres! É igualmente obrigatório promover o mérito dentro do PS/Braga, permitindo que este possa ter expressão no seu interior. São apenas duas, e só duas, medidas muito simples, de que os socialistas não devem ter medo.
Faço orgulhosamente parte de um movimento que não tem medo das novas ideias, gentes ou soluções. E que luta por práticas transparentes, mobilizadoras, em que a Juventude tenha um papel determinante, pois é dela o caminho para o futuro.
Claro que acredito ser possível mobilizar todos os homens e mulheres livres deste partido para a batalha que se avizinha.
Sei que é tremendamente difícil mobilizar todos aqueles que vi entrar na sessão de apresentação da candidatura de Vítor Sousa e Hugo Pires… É que deste lado está institucionalizado o mérito, o serviço a uma causa pública em espírito de missão… Deste lado está um PS transformado em incubadora de novas ideias e de novos rumos. Para escrever uma nova página.
Escrevo este texto em nome individual e não em representação da Candidatura de António Braga, pois sou um homem livre, decidido a ajudar a colocar o PS/Braga no rumo que se lhe impõe. Não tenho medo do confronto de ideias, não aspiro a assalariado político e, como tal, nunca hipoteco a minha liberdade individual em detrimento de…

PS: Agradeço, mais uma vez, aos camaradas Vítor Sousa e Hugo Pires por me terem demonstrado, mais uma vez, que tinha razão!

Manuel José Gomes de Sousa Braga, militante do Partido Socialista/Braga 

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

BRAGA «TEM OUTRAS POTENCIALIDADES
QUE PODEM SER RENTABILIZADAS»

«Confrontado com a grandeza do passivo de quase 200 milhões de euros da Câmara Municipal de Braga, se contabilizada a dívida da autarquia, das empresas municipais e da parceria público/privada, António Braga alega que os números reais serão outros.
«Essas contabilidades estão um bocadinho artificialmente construídas», diz, acrescentando que «uma Câmara que tem um orçamento de 113 milhões de euros tem uma capacidade de trabalho extraordinária, porque, nesses 113 milhões, 54 milhões são despesas de funcionamento e 58 despesas de capital».
«Há aqui uma margem de manobra significativa, por mérito de Mesquita Machado, que sempre manteve a capacidade de investimento acima da despesa», comenta, fazendo saber que o concelho «tem outras potencialidades que podem ser rentabilizadas ao nível do investimento».
António Braga refere que «não é possível fazer o que se fez sem se recorrer ao endividamento», mas contrapõe que «o importante é que o endividamento esteja nos limites da lei, que é o caso do município de Braga».
Embora reconhecendo que a autarquia tem uma dívida de 55 milhões de euros que não conta para o limite legal, enfatiza que «não foi por acaso que foi possível ao município de Braga contrair esses empréstimos, que foram concedidos em função da sua capacidade de pagamento».
Isso, apesar de reconhecer que a sociedade criada pela câmara e por um grupo privado para a parceria público-privada só conseguiu financiamento bancário após a entrada de uma terceira entidade com uma capacidade financeira maior».

[Joaquim Martins Fernandes, “Diário do Minho”, 09.01.12]

António Braga é peremptório:
«NÃO DEFENDO NEGÓCIOS POLÍTICOS»

- Texto de Joaquim Martins Fernandes/DM e Alexandre Praça/RUM
- Imagens de Avelino Lima

O presidente da Assembleia Municipal de Braga, António Braga, assume-se como o socialista que reúne as condições para garantir ao partido a manutenção da presidência da autarquia bracarense. E revela-se confiante em que o projeto será sufragado maioritariamente pelos militantes e resultará numa candidatura vencedora às eleições autárquicas de 2013.
António Braga não esconde que a luta pelo poder no seio do seu partido está a gerar jogos de interesses, mas demarca-se do que classifica de «negócios políticos» entre os socialistas. E aponta o social-democrata Ricardo Rio como o contraponto da sua candidatura.

– Comenta-se no seio do PS/Braga que a atual luta interna começou com a corrida ao lugar de candidato a deputado, nas últimas legislativas. António Braga concorreu com Pedro Sousa, filho do vice-presidente da Câmara, Vítor Sousa, e essas eleições foram vistas como uma espécie de “primárias” para a corrida à Câmara...
– Aquilo que posso dizer é que foi um processo transparente e democrático. Eu fui candidato e venci essas eleições, mas não sou comentador político para estar, agora, a fazer leituras quanto a terem ou não sido “eleições primárias”.

– O ter vencido significa que é o favorito na corrida que também já assumiu à comissão política concelhia?
– Significa que, naquele momento, a Comissão Política entendeu que eu era a pessoa mais indicada para continuar a desempenhar as funções na lista de deputados do PS. Mas eu queria sublinhar que sempre fiz questão de ter sido votado, ao longo de todos os mandatos em que fui reconduzido. Não foi, portanto, um processo novo, embora também seja verdade que, anteriormente, não houve ninguém que se opusesse, no sentido de apresentar uma candidatura alternativa.

– Nessa disputa contou com o apoio do atual vereador Hugo Pires, que, entretanto, passou a apoiar o vice-presidente Vítor Sousa, seu principal opositor...
– Não tenho nenhuma reserva a que quem quer que seja se apresente como candidato à Comissão Política Concelhia e creio que isso enriquecerá o debate. Mas a minha relação é com o universo dos militantes do partido, a quem estou em condições de demonstrar que este projeto que eu lidero reúne as melhores condições para oferecer uma solução de vitória qualificada e de governabilidade do Município de Braga, que outros não terão. Queria deixar claro que nunca negociei nada com ninguém e tão pouco defendo que a alternância democrática se deva colocar na base de negócios políticos. Tenho, sim, a abertura para aceitar o contributo de todos e é isso que o movimento que lidero está a fazer, na perspetiva de dar ao partido as melhores soluções, na linha da “sucessão” de Mesquita Machado.

– Quando refere que é o melhor candidato do PS para ser candidato à Câmara, em 2013, está a incluir o vereador Hugo Pires?
 – Não incluo, nem excluo. Até ao momento, só eu me disponibilizei para ser o candidato a candidato do PS às eleições autárquicas de 2013. E a informação que eu tenho não me leva aí...

– Leva-o a Vítor Sousa ou também duvida que ele queira ser candidato?
– A nossa filosofia, quer programática, quer do movimento, reside em criar uma solução que não só garanta a continuidade do PS na governação do Município de Braga, mas que também possibilite o desenvolvimento de um projeto profícuo e que honre as potencialidades criadas pelo presidente Mesquita Machado. O projeto que lidero apenas se pode contrapor ao do candidato do PSD, Ricardo Rio, que é candidato há 10 anos e nunca foi bem sucedido. A contraparte da nossa iniciativa estará no PSD e não no PS, que fará as suas escolhas em tempo oportuno.

– A corrida à Câmara passa pelas eleições para a Concelhia. Se ganhar, terá a porta aberta para “suceder” a Mesquita Machado. Se perder, qual será o seu futuro político?
– A minha convicção é que estão criadas as condições para que o projeto que lidero seja sufragado maioritariamente pelos militantes e este movimento protagonize uma candidatura vencedora à Câmara Municipal de Braga.

[Esta entrevista conjunta ao "Diário do Minho" e à Rádio Universitária do Minho" foi editada a 7 de Janeiro na RUM e a 9 de Janeiro no "DM"].

ANTÓNIO BRAGA DEFENDE
ABERTURA DO PS À SOCIEDADE BRACARENSE

Texto de Joaquim Martins Fernandes e Alexandre Praça/RUM
Imagens de Avelino Lima

Depois de ter expresso, publicamente, a sua disponibilidade para suceder a Mesquita Machado, na corrida às Autárquicas de 2013, António Braga assume a necessidade de o partido avançar para um novo ciclo político. A via para a mudança que propõe passa pela entrega da liderança a novos protagonistas, pela abertura do partido à sociedade civil e pela rentabilização do legado de Mesquita Machado. A clarificação foi assumida numa entrevista conjunta ao “Diário do Minho” e à “Rádio Universitária do Minho”, em que o também candidato à Comissão Política Concelhia enfrentou as lutas internas e os acordos desfeitos, na disputa pelo poder no seio da Concelhia.

– Saiu da Câmara de Braga para a política nacional, num episódio que envolveu uma luta pela “sucessão” de Mesquita Machado com o então vice-presidente Nuno Alpoim. Agora regressa a Braga para disputar também com o actual vice-presidente o lugar de candidato do PS à Câmara Municipal de Braga, em substituição de Mesquita Machado...
- Essa é uma reflexão que não me cabe a mim. Mas queria sublinhar que nunca esteve em causa o meu apoio ao candidato do Partido Socialista, Mesquita Machado, que era o candidato natural do partido. Percebi que houve alguma especulação sobre essa questão [com o Nuno Alpoim], mas eu sempre apoiei a solução Mesquita Machado.

– Mas disse recentemente que Braga precisa de um novo ciclo político.
– Por imperativo legal, não é possível ao PS recandidatar Mesquita Machado. Esse imperativo é que exige um novo ciclo, que só é possível, porque as condições que foram criadas até hoje possibilitam esse avanço, que não pode deixar de ser associado ao tempo em que vivemos.

– Que é um tempo de forte crise...
– Sem dúvida. E isso obriga-nos a reestruturar, modernizar e reformar toda a estrutura do Estado. Acredito que este é o tempo de criarmos novas competências para os municípios, tendo em vista o avanço para um novo ciclo de políticas autárquicas que permitam responder com proximidade aos problemas que nos são colocados. É tempo de avançarmos com as matérias de descentralização, que temos vindo a discutir e a adiar desde há 37 anos.

– Refere-se à regionalização?ionalização está inscrita na Constituição da República Portuguesa, mas compreende-se que os diferentes momentos políticos não permitiram que fosse concretizada. O Poder Local já demonstrou que está apto a desempenhar outras competências e a agir junto das populações em diferentes áreas temáticas, da saúde à economia. Mas quando falo em
A reg
novo ciclo refiro-me também a usar bem os equipamentos que, ao longo de três décadas, foram construídos e bem por Mesquita Machado.

– Quem já está no terreno, como o vice-presidente Vítor Sousa, não estará em melhores condições para o fazer?
– O novo ciclo exige novos protagonistas. É assim que as realidades se processam. Braga é uma cidade e um concelho cujos limites não podem
ser traçados em nenhum tipo de fronteira. É a terceira cidade do país e é um concelho muito jovem e muito dinâmico, pelo que é importante criar novas perspetivas em áreas diferentes daquelas em que já deu provas de que faz e faz bem. O novo desafio tem de ser assumido por quem reúne
as condições para concretizar as novas dinâmicas de desenvolvimento. E justamente por isso é que me disponibilizei para liderar o novo ciclo político, após ter sido desafiado a liderar um movimento significativo que se criou no seio do PS de Braga.

– Mas foi criticado por ter colocado fora do partido o debate sobre o candidato à Câmara...
– Eu tenho uma visão do partido diferente da das pessoas que têm o direito de exprimirem essas opiniões que refere. Acho que o PS será tanto mais credível, quanto mais transparente e quanto maior for a capacidade de projeção externa das suas ideias, dos seus projetos e dos seus protagonistas. Acredito que o partido só tem a ganhar abrindo-se à sociedade, ouvindo-a e recebendo os contributos que ela lhe possa dar. Mas para a sociedade contribuir, precisa de conhecer os projetos e as ideias. No caso vertente, as ideias e os projetos do movimento alargado que viu em mim o possível candidato do PS à Câmara de Braga nas eleições autárquicas do próximo ano.

– O PS de Braga deve seguir esse caminho?
– O PS bracarense tem de cumprir os seus estatutos e eu não tenho nenhuma ética particular. O facto de se dar notícia externa do que está a ocorrer dentro do partido é uma mais-valia, porque os militantes socialistas vivem em sociedade e é importante que possam recolher junto das suas comunidades o que se comenta sobre a vida interna do Partido Socialista.

– E o que se passa no interior do PS é uma luta pelo poder, que começou nas últimas legislativas, com a eleição do candidato a indicar pela Concelhia.
– Não há democracia que não tenha uma participação por contraditórios. E um partido democrático, nos seus processos internos e na afirmação das suas decisões, sempre que o faz recorrendo ao voto democrático, está a cumprir um dos mais nobres preceitos da democracia e a replicar na sua vida interna o processo constitucional.

– Concorda que o PS deve decidir o candidato através de uma sondagem junto dos eleitores do concelho?
– O que quer que signifique isso da sondagem de opinião junto dos bracarenses, entendo que isso são instrumentos de convalidação de trabalho interno do partido e da relação com a sociedade.

[Esta entrevista conjunta ao "Diário do Minho" e à Rádio Universitária do Minho" foi editada a 7 de Janeiro na RUM e a 9 de Janeiro no "DM"].

domingo, 8 de janeiro de 2012

António Braga demarca-se de jogos no PS/Braga:
«NÃO DEFENDO NEGÓCIOS POLÍTICOS»

«Depois de ter expresso a sua disponibilidade para suceder a Mesquita Machado, na corrida às autárquicas de 2013, António Braga assume a necessidade de o PS avançar para um novo ciclo político.
A via para a mudança que propõe passa pela entrega da liderança a novos protagonistas, pela abertura do partido à sociedade civil e pela rentabilização do legado de Mesquita Machado. A clarificação foi assumida numa entrevista conjunta DM-RUM, em que o candidato enfrentou as lutas internas e os acordos desfeitos na luta pelo poder na concelhia de Braga». Eis, em síntese, alguns dos temas abordados por António Braga em entrevista publicada pelo "Diário do Minho" nesta segunda-feira (9 Janeiro). A ler...