segunda-feira, 26 de março de 2012

AS RAZÕES DE CLÁUDIO SILVA
PARA APOIAR ANTÓNIO BRAGA

«1- Tomei a decisão de apoiar a Candidatura de António Braga na sequência de uma profunda reflexão pessoal e de um aturado e conclusivo debate com um grupo de militantes que me apoiam, decisão esta sustentada ainda nos últimos desenvolvimentos das duas candidaturas já assumidas à Comissão Política Concelhia.

2- Estamos perante um momento de viragem histórica e momentos como este abrem espaços de reflexão e intervenção política que nos interpelam e desafiam a procurar novos e melhores caminhos e soluções para uma sociedade em permanente mutação e crescente complexidade, sobretudo agora em que vivemos uma das maiores crises que há memória.

3- Semelhante interpelação tem necessariamente lugar quanto aos líderes que pretendemos e que consideramos mais capazes para encabeçar os projectos políticos operadores das necessárias transformações.

4 - António Braga, quer pela sua experiência acumulada ao longo de décadas de serviço público - aos mais diferentes níveis -, assim como pela visão de futuro que possui para o Concelho de Braga e para os bracarenses, patenteada na moção de estratégia que recentemente apresentou, e com a qual me identifico, é o militante que no presente quadro político do PS/Braga - interno e externo -, melhores garantias apresenta para responder com sucesso aos desafios que se avizinham.

5. No absoluto respeito por todas as opiniões e projectos, penso que António Braga reúne todos os predicados para ser o próximo líder da Concelhia de Braga do Partido Socialista. Corporiza, pois, um projecto com o qual em grande medida me identifico, daí o meu apoio e a minha disponibilidade».

(Teor de uma declaração feita à Comunicação Social)

sexta-feira, 23 de março de 2012

-- VAMOS DEBATER IDEIAS! (*)

Ex.mos Camaradas
Vítor Sousa e Hugo Pires

Acusamos agora a recepção da vossa carta, não porque não a tivéssemos lido na volta do correio, mas porque, ao fazê-lo, quisemos acreditar que, passando algum tempo e alterando-se as circunstâncias e algumas pré-disposições tácticas, associadas à reivindicação dos militantes e simpatizantes do PS/Braga, viessem a concordar com a nossa proposta de promover vários debates públicos.
Reconhecemos que, senão perdido, foi tempo em que se esvaiu a esperança de que, juntos, pudéssemos dar prova pública do mais profundo espírito democrático, assente no direito e dever de informar, no caso sobre as ideias e propostas que motivam cada um de nós nesta candidatura à Comissão Política Concelhia do PS/Braga.
Embora desenvolvamos todo o esforço para fazer chegar até ao conhecimento dosmilitantes e simpatizantes socialistas bracarenses as nossas propostas para agestão do partido e do Município, admitimos que ele ficará sempre diminuído pelo facto de estas não serem sujeitas ao contraditório, como seria de esperar, particularmente quando vivemos um momento histórico no quadro da nossa militância, com o início de um novo ciclo, sequente à marcante liderança do camarada Mesquita Machado.
Além do mais, estamos convictos de que quanto mais as nossas ideias puderem ser discutidas junto da população bracarense – o eleitorado que nos há-de confiar a sua representação democrática – mais aperfeiçoadas elas poderão resultar e,consequentemente, melhor poderão captar o seu interesse e a sua adesão ao projecto socialista que havemos de sujeitar ao escrutínio em contexto eleitora lautárquico.
Não nos podendo ser, assim, assacada qualquer responsabilidade se eventualmente algum concidadão considerar que o PS/Braga evitou a discussão das suas ideias para agovernação da cidade, somos os primeiros a lamentar a vossa recusa à repetida proposta de debater, de forma aberta e empenhada, tudo quanto pensamos sobre aorganização do PS/Braga e sobre o projecto que idealizamos para a gestão do Município.
Permitimo-nos, pois, reafirmar a nossa vontade de, enquanto houver um único militante que assim o deseje, discutir à exaustão as motivações da nossa proposição à liderança da CPC/Braga e, concomitantemente, à presidência da Câmara Municipal.
Assumindo, contudo, como final a agora manifesta «disponibilidade para um debate», apenas «um debate», não seremos nós quem o vai recusar, reivindicando se efectue ele o mais rapidamente possível, assim procurando elucidar o máximo número de militantes e simpatizantes sobre as razões da candidatura.
Embora remetam tal debate para o «momento em que esteja definida a data das eleições» -- o que não se nos apresenta entendível, uma vez que sabemos do empenho que a Vossa candidatura coloca de há muito no contacto com os militantes --,  ousamos, mesmo assim, insistir em que este se realize tão breve quão a logística que implica o permita operacionalizar.
Convictos de que as relações pessoais se estimam para além de uma discussão de projectos políticos tão diferentes quanto os que corporizamos, propomos que a co-organização do admitido debate seja desenvolvida por uma comissão que represente equitativamente as partes.
Assim, tomamos a iniciativa de indicar como nossos representantes para o efeito Vasco Grilo (director de campanha), José Gomes (membro do Secretariado concelhio) e João Paulo Mesquita (director de comunicação), contactáveis através do endereçobragabraga2013@gmail.com.
Ansiando a vossa adesão a um princípio básico de qualquer processo eleitoral democrático – a máxima informação dos eleitores --, creiam-nos disponíveis para a consumação deste desiderato, bem como para outras acções que com este objectivo nos queiram formular.

Saudações socialistas.

(*) Carta enviada, a 19 de Março, aos camaradas Vítor Sousa e Hugo Pires.

quarta-feira, 21 de março de 2012

POR UMA POLÍTICA MUNICIPAL
DE DIPLOMACIA ECONÓMICA

Por Armando Leite (*)

Na sua candidatura a presidente da Comissão Política Concelhia do Partido Socialista, o Dr. António Braga apresentou publicamente a sua moção “Aprofundar o desenvolvimento, fazer crescer o legado”, um documento estratégico, importante, de orientação política, que dá sentido a um conjunto inovador de políticas municipais e que vão incorporar o novo ciclo político que se quer para Braga.
Depois de um passado que nos orgulha, em que o concelho e a cidade se transfiguraram por completo, urge dar um novo salto qualitativo, um novo impulso, que abra novos horizontes e rasgue um futuro de esperança para quem aqui vive e trabalha.
Em Braga, fecha-se agora um ciclo de obras estruturantes para o concelho e para a cidade, em que releva o grande sentido de visão estratégica do Eng.º Mesquita Machado e que será seguramente continuado pelo Dr. António Braga, caso seja chamado a exercer o cargo de Presidente da Câmara Municipal, como esperamos.
Dos vários temas tratados na moção global, todos eles de uma actualidade política inquestionável, permitam-me vos reclame para reflectirmos sobre a importância da “Diplomacia Económica”, uma área estratégica para Braga no actual contexto de grande dificuldade que o país vive e a que esta região particular não é alheia.
Como bem se afirma na moção, “Braga terá não só de atrair e reter as pessoas, mas também as empresas e os investidores. Impõe-se reforçar as condições para motivar os empresários a instalarem-se no concelho de Braga e a investirem, mas, agora mais do que nunca, criteriosamente, com preocupações de protecção ambiental”.
No fundo, o que aqui se explicita com veemência é a necessidade de uma agenda económica para o concelho, em que a diplomacia económica seja um instrumento de actuação privilegiado, conjugada e complementada necessariamente por outras iniciativas que reclamem também o contributo das empresas e do poder público central.
Do Presidente da Câmara, e neste aspecto o Dr. António Braga estará bem colocado para o fazer, reclamar-se-á que seja um embaixador itinerante junto da Lusofonia e da diáspora lusa – aquilo que se designa por “mercado da saudade”, sem esquecer o mercado de proximidade que é todo o noroeste peninsular.
Explorar as oportunidades de relacionamento estreito com as comunidades portuguesas espalhadas pelos quatro cantos do mundo será um objectivo central que poderá abrir portas ao investimento directo de empresários portugueses no exterior.
Mas não só. Devemos explorar a outra via, não menos importante, do relacionamento económico com os povos de língua oficial portuguesa com quem temos umbilicais ligações histórico-culturais – o Brasil e os PALOP.
E é neste contexto que visionamos a aposta estratégica de Braga, focalizada na abertura mais efectiva ao exterior, como fonte de captação de investimento directo, ou como destino das exportações de empresas aqui sediadas.
Só assim faz sentido qualquer estratégia efectiva de diplomacia económica: induzir o investimento directo e as exportações, criando empresas e emprego. Empresas e emprego são cruciais na agenda económica e social do Dr. António Braga, enquanto candidato ao PS/Braga e, como esperamos, à presidência da Câmara de Braga.
Não temos qualquer dúvida de que Braga tem excelentes condições para fazer vingar essa visão económica: há conhecimento e investigação científica e tecnológica “sediada” na Universidade e aberta às empresas, tem acessibilidades que a ligam à Europa e ao mundo, através de importantes infraestruturas – aqui se cruzam três auto-estradas e existe um aeroporto e um porto-de-mar a cerca de 45 minutos.
O ambiente próprio e a envolvente são, assim, condições que fazem de Braga uma capital com capacidade endógena de se abrir ao mundo. Como alguém dizia e aqui se aplica com plena propriedade, a “diplomacia económica é assim um compromisso entre ambição e excelência, um verdadeiro apelo à mobilização dos nossos melhores talentos e competências” e que em Braga existirão na dose necessária, basta que o queiramos.  
“A diplomacia económica será uma arma de vantagem para o Município, fomentando as relações internacionais, designadamente aquelas que permitam estabelecer parcerias com cidades e empresas, de modo a promover a internacionalização das pequenas e médias empresas com sede no concelho”, abrindo Braga ao mundo, hoje, seguramente, apenas à distância de um clique.

(*) Militante socialista, artigo publicado no "Diário do Minho" de 22 de Março de 2012

quinta-feira, 15 de março de 2012

SOCIALISTAS BRACARENSES
NÃO PODEM DISPENSAR ANTÓNIO BRAGA

Por Jorge Faria (*)

Desde o princípio desta pré-campanha, a Candidatura de António Braga à liderança da Concelhia do PS/Braga tem mantido grande coerência de propósitos e uma notável firmeza estratégica e de princípios. Sempre António Braga disse que, ao candidatar-se à liderança da Secção socialista, se apresentava igualmente como candidato à presidência da Câmara Municipal de Braga, onde, nestes tempos de crise nacional e europeia, poderia pôr ao serviço da cidade onde nasceu, cresceu e sempre viveu, toda a sua experiência profissional e política, os conhecimentos adquiridos e os contactos que estabeleceu a nível nacional e internacional.
Aliás, é por isso mesmo que propõe na sua moção global a criação, no Município de Braga, de um gabinete dedicado à internacionalização da economia bracarense, assim procurando apoiar as empresas locais e atrair investimento que crie emprego no concelho, prioridade das suas prioridades.
Todos concordaremos que, para o PS renovar a confiança do eleitorado bracarense tem que lhe propor como candidato à presidência da Câmara Municipal o seu melhor quadro partidário, alguém que, como António Braga, tenha prestado provas em várias instâncias do poder, seja como deputado, membro de um governo ou presidente da Assembleia Municipal.
A presidência deste órgão – que faz dele o primeiro autarca do Município há dois mandatos – tem-lhe granjeado grande credibilidade e respeito junto de todas as forças políticas do concelho e tem-lhe permitido acompanhar e conhecer todos os dossiers do Município.
Por tudo isto, não se compreende de forma nenhuma que a candidatura opositora, liderada por Vítor Sousa/Hugo Pires, traga à colação, provavelmente à falta de argumentos mais válidos, a ideia de que António Braga é bom de mais para fazer política em Braga e que o seu lugar é na capital, nos areópagos da política nacional feita a partir de Lisboa!!!
Apetece dizer que esta candidatura bicéfala ainda pensa a partir do tempo em que qualquer jogador do Benfica seria bom demais para jogar no Sporting Clube de Braga. Como se tem provado à evidência, hoje acontece precisamente o contrário!!!...
António Braga representou sempre de forma superior a Secção do PS/Braga em Lisboa, tanto no Parlamento, como no Governo. Sempre se sujeitou, com toda a humildade democrática, mesmo quando pelo seu estatuto tal poderia evitar, à votação dos órgãos da Concelhia de Braga, designadamente para ser o representante socialista de Braga na Assembleia da República e nos órgãos nacionais do partido, como aconteceu no dia 13 de Abril de 2011, em que, numa espécie de primárias instigadas pelo pai, defrontou o filho Pedro Sousa. Como não poderia deixar de ser, foi o candidato a deputado escolhido por voto secreto pela Comissão Política Concelhia.
Aliás, não podemos evitar um sorriso ao reparar nos pseudo-argumentos utilizados agora por alguns dos militantes que então preferiam o filho de Vítor Sousa, concretamente os mesmos que agora dizem que António Braga está bem em Lisboa!!!
Percebe-se hoje mais claramente que a tentativa de afastar António Braga da lista ao Parlamento tinha como objectivo “arrumá-lo” politicamente. Tal como agora, ao tentar derrotá-lo na liderança da Concelhia o procuram afastar da candidatura à presidência da Câmara Municipal!!! Mesmo não tendo dúvidas que a própria Oposição de direita o aponta como o seu mais forte adversário!!!
Estou convicto, até pelos sinais mais evidentes que nos é permitido recolher, que, conforme falharam há um ano, vão voltar a falhar outra vez…
António Braga, como democrata que é, sujeita-se sempre aos votos, tendo como única arma a sua ética, a sua idoneidade, a sua lisura, as suas ideias, as suas propostas…
Nesta fase difícil que todos suportamos, o concelho de Braga precisa, também ele, de alguém que, como António Braga, aduza novos conceitos, novos ideais, novos projectos, em suma: uma nova forma de fazer política, em prol do Município e dos munícipes bracarenses.

(*) Militante socialista, ex-presidente da JS/Braga

quarta-feira, 14 de março de 2012

FEIRA DO LIVRO DE BRAGA:
ALGUMAS CONSIDERAÇÕES...

Por Fausto Farinha (*)

O artigo de Alberto Monteiro, publicado no Diário do Minho de 13/03/ 2012, interpelava as forças políticas de Braga sobre a eventualidade do fim da Feira do Livro de Braga, evento que o articulista considerou de grande qualidade na maioria dos anos em que se realizou e instava, ainda, os atores políticos da cidade a pronunciarem-se sobre esta eventualidade.
A Candidatura de António de Braga à Comissão Política Concelhia do Partido Socialista e à Câmara Municipal de Braga é, desde o início, muito clara quanto ao papel da Cultura e das Atividades Criativas na terceira cidade do país e que se pretende, ainda, afirmar no contexto das cidades médias  europeias.
A “Feira do Livro de Braga” tem um potencial que valorizamos e não poderia levantar qualquer dúvida ao autor do artigo a posição de António Braga e dos seus apoiantes. Com efeito, na moção divulgada aos militantes socialistas e à Comunicação Social e disponibilizada na Internet, bem como noutros textos,  o papel central da Cultura, do Conhecimento e da Inovação é assumido como estratégia de afirmação do Concelho e da Região, com relevância económica e um indicador da qualidade de vida da população.
Queremos, por isso, uma “cidade inovadora, criativa, socialmente coesa, bem planeada e bem governada”, como referimos na moção, cujo ponto sete é totalmente dedicado à Cultura...
Sabemos que a fruição cultural e artística é um produto e um legado civilizacional que exige “educação do gosto, da inteligência e da sensibilidade”, sendo estratégico “elevar o nível e a criação culturais dos bracarenses”, como dizemos. E se as pessoas não vão às livrarias, aos concertos, ao cinema, aos colóquios, vamos levar a livraria, os concertos e o cinema às pessoas.
Não temos dúvidas que o modelo das feiras do livro tem de ser reinventado num tempo em que comprar pela Internet e com descontos depende de um simples “click”, para já não falar em livros e jornais em novos suportes. Mas também não temos dúvidas que a marca “Feira do Livro de Braga” tem potencialidades para se transformar na âncora de um conjunto de projetos desenvolvidos e dinamizados ao longo do ano. Se não criarmos um público exigente em termos culturais, hábitos de fruição e criação que envolvam uma parte significativa da população, não há Feira que resista.
O retorno do investimento numa atividade desta natureza não se medindo apenas pelo ter e pelo haver, mas  pelos impactos positivos que provoca, tem de inserir-se num movimento mais largo de criação de oficinas do livro, de clubes de leitura, grupos de teatro, de tertúlias, de grupos musicais  e muitas outras já experimentadas noutros lados, como a escolha do patrono da feira ou do país homenageado que, durante o ano, mobilizam as escolas, as associações e clubes, os grupos de amigos.
A Feira do Livro de Braga, tal como outras, está datada no tempo. Tem uma história rica, uma marca de qualidade e reinventá-la é um desafio que claramente assumimos no nosso projeto.
(*) Militante do Partido Socialista, em nome da Candidatura de António Braga.

sexta-feira, 2 de março de 2012

APROFUNDAR O DESENVOLVIMENTO,
FAZER CRESCER O LEGADO

-- A MOÇÃO DE ESTRATÉGIA DE ANTÓNIO BRAGA

O homem do nosso tempo não pode alhear-se de uma orientação prospetiva. Não basta tentar remediar os erros do passado com a mentalidade tradicional, pois o que mais interessa é criar um futuro que, em muitos aspetos, terá que ser radicalmente novo. Só com uma mentalidade voltada para o futuro é que o homem poderá construir a sociedade que o nosso tempo exige.”
José Ferreira Salgado

«As competências estatutárias do Partido Socialista cometidas às comissões concelhias privilegiam os órgãos do poder local. É nesse âmbito que o militante socialista, por estar mais próximo desses centros de decisão, tem a possibilidade de assumir mais conscientemente os seus deveres e direitos de cidadania.
Nas velhas democracias europeias é vasto o campo de competências das autarquias, havendo assim maior proximidade entre eleitores e eleitos. A confiança no sistema democrático depende muito da capacidade do cidadão em participar na definição de programas políticos e em vigiar a sua execução.
Dessa forma, a política local constitui a primeira instância do exercício da democracia. Todavia, a participação do cidadão não se esgota na política local e regional.
Decorre do exposto que uma candidatura à presidência da Concelhia socialista de Braga pressupõe a sequente candidatura à Câmara Municipal de Braga. É na imbricação dessa dupla candidatura que deve ser lida a presente moção.
Por força de imperativos legais de limitação de mandatos, as eleições autárquicas de 2013 abrem caminho a novas candidaturas. O PS, enquanto legítimo herdeiro do espírito republicano de serviço público, tem especiais responsabilidades no recrutamento de mulheres e homens capazes de corresponderem aos novos desafios. É uma questão de cidadania.
Escolher os melhores implica ter a noção de que às lideranças cabe o papel de despertar energias, avivar o sentido de responsabilidade, conjugar a defesa dos direitos com o cumprimento dos deveres, sempre dando o exemplo da competência, da dedicação, da transparência, da honradez, da isenção, no exercício do mandato conferido e legitimado pelo voto democrático.
Pelo vasto corpo de competências e de responsabilidades que são atribuídas à Câmara Municipal de Braga, mormente como terceira cidade do País, tem de ser criteriosa a selecção do cabeça de lista ao município bracarense.
Braga é uma cidade com instituições de grande prestígio. A Universidade do Minho, a Universidade Católica Portuguesa, a sede eclesial arquiepiscopal, o Sporting Clube de Braga, entre outras instituições de grande dinamismo e representatividade, com pessoas altamente qualificadas, hão-de encontrar nos eleitos autárquicos bons interlocutores para os problemas diversificados das várias áreas de atividade.
O presidente da Câmara Municipal de Braga tem de aliar um saber de experiência feito, como preconiza o épico nacional, com uma competência cultural e uma apurada sensibilidade, que lhe permitam estimular e/ou apoiar iniciativas de instituições e munícipes.
Tem de ser capaz de corresponder aos anseios mais elementares do cidadão comum, com particular atenção e solidariedade para com os mais desprotegidos e carenciados, ao mesmo tempo que nele descobrem estímulo para fazer mais e melhor os agentes culturais e artísticos, as mulheres e homens de Ciência, os empresários, os profissionais em geral.
A nossa candidatura preenche esses requisitos. António Braga conhece bem a cidade em que nasceu e vive. Com um percurso académico que passa pelos bancos da Escola Primária de São Vítor, pelo Liceu Sá de Miranda, pelo Magistério Primário e pela Faculdade de Filosofia da Universidade Católica Portuguesa, onde concluiu a licenciatura, desempenhou funções profissionais como professor no Magistério Primário e Inspector de Educação.
À atividade profissional junta um extenso e qualificado currículo político: deputado em várias legislaturas, vice-presidente do grupo parlamentar do Partido Socialista na Assembleia da República, Secretário de Estado das Comunidades, vereador da Câmara de Braga, membro da Assembleia Municipal de Braga e, presentemente, seu presidente.
António Braga, homem da cidade de Braga, conhece bem as mulheres, os homens e as instituições da cidade e do concelho. A sua longa experiência na gestão autárquica bracarense, acrescida da experiência nacional e internacional, faz dele o candidato que as circunstâncias aconselham e exigem».
Veja a nossa Moção de Estratégia em:

POR UMA CIDADE QUE NOS FAÇA FELIZES

Por Armando Leite (*)

Na conferência/debate realizada há dias sobre “Braga e a Europa”, que esgotou o auditório da AIMinho, o deputado e presidente da Assembleia Municipal, António Braga, referiu-se com particular pertinência à Carta de Leipzig sobre as Cidades Europeias Sustentáveis, mormente no que se refere aos desafios e oportunidades que se abrem às cidades médias europeias, de que Braga faz parte, e à necessidade e urgência de políticas de desenvolvimento urbano integrado que sejam verdadeiras respostas à problemática da regeneração e reabilitação dos centros urbanos que enfrentam o maior problema da sua história: a degradação material e a desertificação.
Sem mais delongas, parece-nos que este é o verdadeiro ponto de partida para a breve reflexão que aqui queremos deixar ficar e que constitui o mais importante desafio que os poderes autárquicos vão enfrentar num futuro muito próximo e cujos sinais preocupantes são já hoje uma evidência.
A reabilitação urbana está na ordem do dia e em Braga tem merecido uma especial atenção no perímetro do centro histórico, traduzindo uma preocupação real com um fenómeno que tem suscitado inúmeras abordagens de especialistas e decisores políticos, embora nem sempre de acordo com os resultados esperados.
Não temos qualquer dúvida em afirmar que as soluções não são fáceis e nem tudo cabe na boa vontade e no interesse dos responsáveis políticos locais. Não é fácil, já percebemos, responder com políticas municipais à questão da reabilitação urbana e ao repovoamento dos centros urbanos, entretanto degradados e habitados por uma população envelhecida e cada vez mais reduzida. O que será necessário fazer para inverter este declínio e este ciclo de pobreza que vai descaracterizar e talvez matar o centro das nossas cidades?
Há quem afirme que os centros das cidades já sofrem de morte lenta e tudo será uma questão de tempo. É possível que assim seja se nada for feito para contrariar aquilo que pode ser o verdadeiro pesadelo de um futuro não muito longínquo. Dir-me-ão que esta é a posição radical e pessimista. Será. Mas, por isso mesmo, não deixa de estar em cima da mesa das nossas preocupações de cidadãos.
A crise que hoje vivemos deve ser encarada como um desafio para apostar na regeneração urbana e em formas de desenvolvimento das cidades que constituam um compromisso intergeracional verdadeiro, pois pende sobre a geração actual a grande responsabilidade de abrir novas portas ao futuro. Aliás, não se pode esperar outra coisa desta geração, sob pena de um dia sermos acusados de meros parasitas e de “vândalos” da cidade actual.
O investimento que é necessário realizar neste capítulo, com programas eventualmente ousados, e a reabilitação urbana devem constituir uma prioridade para o Governo e para as Autarquias, impondo-se "transformar as cidades em motores efectivos de desenvolvimento".
O potencial de alavancagem de investimentos públicos e privados, nomeadamente no domínio da reabilitação do património edificado, constituirá certamente uma medida anti-crise a considerar, cujo efeito de arrastamento económico não se deve desprezar e permitirá ao sector da construção civil e obras públicas, no mínimo, aguentar. Esta é também a dimensão económica desta realidade e que a crise que vivemos aprofundou.
E não é no desinvestimento público, ao que parece “decretado” pelo Governo, que teremos a solução, antes pelo contrário. Exige-se actuação expedita e sustentada dos poderes públicos, na certeza de que muito há por fazer e para fazer. Só com esta visão deste grave problema se pode transformar, como agora por aí se diz, a crise em oportunidade.
Dados oficiais da União Europeia referem que 75% da população europeia vive em cidades e, por isso, há uma necessidade primordial de apostar no ambiente urbano. Como alguém referiu, "as pessoas são atraídas para as cidades mas depois deparam-se com factores negativos e, portanto, há que apostar em condições sustentáveis para promover uma política de eficiência energética, mobilidade e reabilitação urbana para melhorar a qualidade de vida de quem lá mora". Diria mais. Não só de quem lá mora, mas também dos muitos potenciais habitantes da cidade que aspiram a essa condição.
O momento que estamos a viver não consente mentiras. É minha convicção profunda que há também uma crise paralela de verdadeiras políticas que possam inverter o curso actual da realidade que temos à frente dos nossos olhos.
Tenho para mim que a incapacidade de resposta por parte dos organismos competentes, e mesmo dos decisores políticos, às novas realidades que configuram a actualidade urbana, “o esvaziamento e a perda do carácter multifuncional dos centros históricos ou tradicionais” tiveram como resultado a perda da função residencial e consequentemente o despovoamento dos centros urbanos.
E mesmo o centro de serviços vai-se degradando, até pelas profundas alterações ao perfil e natureza da terciarização. O que aconteceu aos consultórios médicos, aos escritórios, às lojas, aos cinemas, aos teatros, etc., etc.? Estão num processo de integração diferenciada que procura novos espaços e se organiza em novos espaços públicos, em ruptura com o modelo prevalecente na segunda metade do século XX. Esta é a realidade com que é necessário lidar.
A intervenção urgente na cidade, e no seu centro histórico, deve assumir-se como um desígnio nacional. Recuperar o centro, conservando-o, animando-o e povoando-o poderá ter importantes reflexos no futuro da cidade e no seu tecido económico e social e funcionar como uma tábua de salvação para problemas tão actuais como o desemprego jovem, a crise económica, a solidão dos idosos, a desigualdade social, a ruptura geracional, a democracia local, a intervenção cívica e o exercício pleno da cidadania.
Braga não ficará incólume aos ventos da mudança. Uma nova cidade está a chegar aí. A candidatura de António Braga, pelo seu perfil, pelo conhecimento que a sua experiência governativa lhe proporcionou, designadamente em contactos internacionais, será a mais-valia de que o PS e o Município podem beneficiar, especialmente neste novo ciclo autárquico que agora se iniciará. Como alguém me dizia, “sobre a cidade romana construiu-se a cidade medieval e sobre esta se há-de construir a cidade do futuro”. Assim será. Por agora, está nas mãos dos militantes do Partido Socialista. Por mim, não tenho dúvidas.
(*) Militante socialista