sexta-feira, 1 de junho de 2012

EM VEZ DE LIDERAR UMA NOVA ESPERANÇA,
ALIOU-SE ÀS VELHAS FORÇAS DO APARELHO

por Bruno Duarte
Com eleições autárquicas em 2013, a corrida à sucessão do Eng. Mesquita Machado, após 38 anos de presidência, está a agitar as a política da cidade, relevando a expectativa sobre quem sairá vencedor desta luta interna na Concelhia.
Conforme é público, surgiram no seio socialista duas listas e três candidatos. Temos, por um lado António Braga, que propõe um ponto de viragem e mudança na estrutura do partido e na perspectiva sobre a cidade; por outro Vitor Sousa/Hugo Pires, com a força do aparelho e com políticas de continuidade. É esta encruzilhada em que se encontra o Partido Socialista e a cidade de Braga que nos leva a ter muitas dúvidas e algumas certezas.
As certezas são apenas as de que o Município de Braga terá um novo presidente em 2013, que Ricardo Rio volta a ser candidato pelo PSD, agora pela terceira vez, e que António Braga é quem melhores condições reúne para levar os bracarenses para a Braga do futuro, uma cidade que terá de ser pensada e construída pelo arrojo e dinâmica da juventude e pela experiência e sabedoria dos mais velhos.
Sendo o PS/Braga um partido de elevada militância jovem, são estes quem terá um papel crucial nas decisões do próximo sábado. Contudo, verifica-se que grande parte destes jovens não têm conhecimento da importância do momento e do papel que têm no destino do partido e, consequentemente, da sua cidade.
Tivemos oportunidade de assistir a uma filiação em massa, de jovens “arrebanhados” (alguns sem conhecimento de tal coisa…) para uma política de vazio, em que apenas são chamados em época de eleições para serem contabilizados unicamente pelo seu voto.
A estes jovens apela-se agora a que demonstrem consciência política e espírito crítico e impeçam a ascensão daqueles que estrategicamente caminham para o poder pelo poder.
Quero lembrar que alguma juventude bracarense em que me incluo, se identificou, de alguma forma, com um dos actuais vereadores na CMBraga, que se anunciava em determinada altura como sua referência e esperança para um novo ciclo político, diferente da forma envelhecida como alguns dirigentes socialistas continuam a fazer política em Braga.
Aconteceu, contudo, que, em vez de liderar uma nova esperança, acabou por se aliar às velhas forças do aparelho do partido, optando pela permanência na sua zona de conforto.
E assim, aquilo que poderia ter sido um projecto emblemático, histórico, com impacto além-fronteiras, tornando-se uma referência política dos novos tempos, acabou por se extinguir como uma estrela cadente.
Com esta aliança, vulgo candidatura de Vítor Sousa/Hugo Pires, surgem algumas dúvidas, que os militantes gostariam de ver respondidas: quem será o seu candidato à Câmara Municipal, que propostas inovadoras trazem para o partido (sendo eles os principais dirigentes da Concelhia nos últimos anos), e, se têm propostas, porque não as puseram em prática?
Esta campanha para a Concelhia do PS/Braga, apesar da retórica, revela que a lista A (Vítor Sousa/Hugo Pires) não pretende abrir o partido, nem à sociedade, nem aos seus militantes, como demonstra o facto de nem sequer aceitarem um debate com António Braga, esclarecendo assim estas e outras questões, aliás como acontece em qualquer partido democrático.
Nas sociedades democráticas privilegia-se a participação, intervenção e o debate, permitindo a partilha de esforços e saberes, o ouvir e discutir opiniões em torno de ideias e projectos.
Com a impossibilidade da recandidatura do Eng. Mesquita Machado, levanta-se também a dúvida: será que os dirigentes socialistas que caminharam a seu lado ao longo destes anos têm condições para caminhar pelo seu próprio pé?
António Braga, conhecedor profundo das necessidades, das forças e fraquezas do concelho, e também ele sensível aos problemas que afectam os jovens e a sociedade, oferece-nos a garantia de uma mudança de paradigma, de que Braga necessita no fim deste ciclo.
Este projecto liderado por António Braga aposta essencialmente na diplomacia económica, em atrair investimentos para a região, criando postos de trabalho, dinamizando o tecido empresarial, estimulando “ninhos” para jovens desenvolverem projectos, criando um gabinete de apoio ao investidor, apoiando o aumento de exportações das empresas da cidade, mas também consolidando plataformas de cooperação com a Universidade do Minho e com a Universidade Católica, para parcerias que incentivem jovens investigadores e empreendedores através de sociedades inovadoras com participação do município, repartindo os riscos e estimulando a criação do produto com desenvolvimento de patentes.
O futuro da cidade necessita urgentemente de um líder com experiência política e com visão realista, mas cosmopolita, e não de uma visão paroquial como a que ainda se verifica no nosso concelho.
Sim, eu acredito… convictamente… que António Braga e o movimento “BragaBraga 2013” são, sem dúvida, a melhor escolha para a revitalização política do PS/Braga e da sociedade bracarense, o garante de uma digna liderança na Concelhia socialista, e a certeza de uma exemplar gestão autárquica.
Agora, é a hora das nossas consciências se lembrarem que somos livres nas escolhas, mas prisioneiros das suas consequências!

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