terça-feira, 24 de abril de 2012

«PARA COMPETIR NO CONTEXTO GLOBAL
É PRECISO INVESTIR MAIS NO LOCAL»


-- António Braga, em reunião com militantes em Santa Lucrécia

«Para competir melhor no contexto global é inevitável investir mais no local». A afirmação é de António Braga e foi feita agora em Santa Lucrécia de Algeriz, Braga, no contexto da sua campanha para a presidência da Comissão Política Concelhia do Partido Socialista.
O actual presidente da Assembleia Municipal de Braga – que por estes dias participa em Bruxelas numa reunião plenária do Conselho da Europa – falava a um grupo de militantes e simpatizantes socialistas, durante o qual procurou expor as principais propostas da sua candidatura.
«O tecido empresarial do concelho, para poder competir no actual contexto de crise e à escala global, tem de criar e consolidar capacidades e instrumentos que promovam a inovação constante», disse, sublinhando o facto de os territórios competirem hoje no domínio do investimento directo, na atracção e retenção de pessoas, na captação de empresas e investimentos.
«Braga tem não só de atrair e reter as pessoas, mas também empresas e investidores. Impõe-se reforçar as condições para motivar os empresários a instalarem-se cá e a investirem. Agora, mais do que nunca, criteriosamente com preocupações de protecção ambiental», fez questão de sublinhar.
Lembrando o facto de em Braga se identificarem «sectores empresariais de excelência» e «áreas de referência que produzem riqueza significativa e que contribuem acentuadamente para o PIB nacional», defendeu que «a competitividade pode igualmente ser conseguida através de outros factores que não apenas o preço».
«Importa, por isso, ter em conta o mercado global e não apenas o mercado local e nacional. Competir nos mercados globais implica inovação constante. O Município deverá, assim, contribuir para garantir condições de desenvolvimento às empresas que apostem na produção de bens transaccionáveis e instrumentos que promovam a projecção das empresas nos mercados internacionais», propôs.
Foi neste âmbito que reafirmou uma das ideias fortes da sua moção, assente na designada diplomacia económica, «uma arma de vantagem para o Município, fomentando as relações internacionais, designadamente aquelas que permitam estabelecer parcerias com cidades e empresas, de modo a promover a internacionalização das pequenas e médias empresas com sede no concelho, articulando investimentos cruzados e disponibilizando informação credível sobre condições para o investimento local».
É isso – disse António Braga – que nos propomos fazer, aproveitando até o conhecimento que temos de outras realidades e os contactos que nos foram permitidos.
O candidato à liderança do PS/Braga – que assumiu já a sua predisposição para se candidatar à presidência da Câmara Municipal de Braga – aludiu igualmente ao «flagelo do desemprego», sublinhando que esta deve ser das primeiras preocupações do Município, que deve «estimular tudo o que possa contribuir para a criação do emprego, nomeadamente dos jovens, cuja presente geração é a mais qualificada de todas quantas Portugal viu nascer».
Dirigindo-se particularmente aos mais jovens presentes neste encontro – enquanto potenciadores de novas mentalidades –, o actual vice-presidente do grupo parlamentar do PS na Assembleia da República assumiu que o Município de Braga tem igualmente que «fazer crescer tudo quanto possa harmonizar-se: o ambiente, as energias verdes, a economia social e solidária, a escola, a cultura».
Falando particularmente sobre a organização do partido em Braga – para o qual propõe, em primeiro lugar, o reforço da democracia interna e a participação activa dos militantes na discussão dos assuntos que fazem a agenda do Município e da cidade – António Braga disse que a sua candidatura «não é contra ninguém, até porque foi a primeira a assumir-se» e «a trabalhar um projecto sério para o concelho», que «recrie a esperança nos bracarenses».

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